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As “Terras do Demo” nasceram há 100 anos. Obra de Aquilino Ribeiro vai ser reeditada e o escritor homenageado pelo País


A obra “Terras do Demo”, de Aquilino Ribeiro, é uma referência da literatura portuguesa. No ano em que completa um século, os municípios de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva, a Fundação Aquilino Ribeiro e a Bertrand Editora são protagonistas de comemorações inéditas, de âmbito nacional, que terão o seu arranque oficial no dia 11 de maio, em Soutosa, com a apresentação da reedição do livro, com capa igual à original e prefácio de Ana Isabel Queiróz. João Soares, ex-ministro da Cultura, fará a apresentação da obra. Até 14 de junho, mais de uma dezena de iniciativas evocativas da efeméride terão lugar, em vários pontos do País, envolvendo a família do escritor, as câmaras de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva, a Biblioteca Nacional, o Museu Bordalo Pinheiro, a Junta de Freguesia e o Mercado de Alvalade, a Universidade de Aveiro, a Companhia de Teatro Filandorra e os CTT, que vão editar um postal Comemorativo dos 100 anos das “Terras do Demo”.

Depois da consagração de Aquilino Ribeiro, em 2007, com Honras de Estado e a transladação para o Panteão Nacional, pretende-se que o centenário da obra “Terras do Demo” seja assinalado e comemorado por todo o País. É esse o propósito das diversas entidades envolvidas, empenhadas em promover momentos culturais, que evoquem e homenageiem o escritor.

Razão pela qual foi consensual que o arranque oficial das comemorações deveria acontecer nas suas terras de origem, nas terras que batizou há 100 anos de “demo”, para descrever as dificuldades, os desafios, as gentes e a identidade de um povo que explica o Portugal de antanho. É essa mesma identidade que já está a ser recordada, desde o dia 23 de abril, através do documentário “Com Aquilino por Terras do Demo”, produzido pela Viseu Now, e exibido nas diversas plataformas digitais nacionais.

O vasto programa evocativo do Centenário terá como primeiro momento o dia 11 de maio, na Fundação Aquilino Ribeiro, em Soutosa, onde será apresentada a reedição da obra “Terras do Demo”, contando com a presença de João Soares, de Aquilino Machado e de Eduardo Boavida, Diretor da Bertrand Editora.

Cinco dias depois, a 16 de maio, e já enquadrada no programa de iniciativas “Alvalade Capital da Leitura”, promovido pela Junta de Freguesia de Alvalade, será apresentada, na Biblioteca Nacional, em Lisboa, a reedição da obra “Terras do Demo”. Nesse dia decorrerá ainda o Colóquio “Aquilino, os anos 20: entre o exílio e as geografias de Lisboa” e será inaugurada uma exposição bibliográfica sobre a mesma temática.

No dia 17 de maio, ainda na freguesia de Alvalade, decorrerá, no Museu Bordalo Pinheiro, a inauguração da exposição de ilustrações de Benjamin Rabier para a obra “Romance da Raposa”, de Aquilino Ribeiro, seguida do momento “3ACTOS”, que conjuga literatura, música e desenho em palco. Neste dia, na Travessa Henrique Cardoso, será executado em “working progress”, um mural alusivo a Aquilino Ribeiro, da autoria da artista Kruella D'Enfer.

No dia 18, Alvalade, território onde Aquilino Ribeiro residiu e com a qual criou uma ligação emocional, proceder-se-á ao descerramento de uma lápide de homenagem ao escritor. Em simultâneo, no Mercado de Alvalade, os municípios de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva vão ser protagonistas de uma mostra de produtos das “Terras do Demo”, onde levarão os produtos símbolo, como a maçã e o espumante, a castanha e os fumeiros, animação e a cultura que define este território beiraltino.

No dia 21 de maio, no auditório da Junta de Freguesia de Alvalade, terá lugar uma tertúlia literária dedicada à obra “Terras do Demo”, em que participarão Gonçalo M. Tavares e Aquilino Machado, neto do escritor. No dia 23, “Aquilino e a Alemanha Ensanguentada” é o tema da ação em que participarão, no Cento Cívico Edmundo Pedro, Carlos Vaz Marques e Pedro Mexia.

As comemorações regressam às “Terras do Demo”, no dia 25 de maio, para um concerto pela Orquestra Cem Notas, em Vila Nova de Paiva, no Auditório Municipal Carlos Paredes, a partir das 21:30 horas.

No dia 27 de maio, em que se assinala também o falecimento do escritor Aquilino Ribeiro, os municípios das “Terras do Demo” vão evocar a data com vários momentos culturais: a Fundação, em Soutosa, vai ser palco da 1ª Jornada Internacional Aquiliniana, uma iniciativa coordenada pelo Município de Moimenta da Beira. Em Sernancelhe decorrerá a Cerimónia de Lançamento do Inteiro Postal Comemorativo dos 100 anos de “Terras do Demo”, resultado de uma parceria do município de Sernancelhe, em representação das autarquias sob a égide da Fundação, com os CTT – Correios de Portugal. Nesse mesmo dia 27 de maio, à noite, no Auditório Municipal, a cultura sobe ao palco com a apresentação da peça “Mestre Grilo Cantava e a Giganta Dormia”, adaptação ao teatro da obra “Arca de Noé”, de Aquilino Ribeiro, pela Companhia de Teatro Filandorra, de Vila Real.

No dia 28 de maio será lançado o livro “Havia três dias e três noites... e depois”, da autoria dos alunos do Agrupamento de Escolas Padre João Rodrigues, de Sernancelhe, a partir da obra “Romance da Raposa”, de Aquilino Ribeiro.

Nos dias 1 e 2 de junho, a Lapa receberá mais uma edição da Feira Aquiliniana, evento que alia património à literatura e recria um evento de época inspirado nas descrições retiradas dos livros de mestre Aquilino.

As comemorações terão o seu derradeiro momento no dia 14 de junho com a inauguração da exposição da obra completa de Aquilino, intitulada “Aquilino no Campus de Santiago”, na Biblioteca da Universidade de Aveiro – Sala de Exposições Hélène de Beauvoir, iniciativa coordenada por Maria Eugénia Pereira, docente do Departamento de Línguas e Culturas daquela academia e Paulo Neto, Diretor da Revista Literária “aquilino”.

O Centenário da primeira edição de “Terras do Demo” será um momento de grande importância para o reconhecimento da obra de Aquilino Ribeiro e para a afirmação do território onde nasceu e viveu como um espaço literário de referência em Portugal.

Aliando a obra magistral de Aquilino ao património, à cultura e à identidade deste povo, e fazendo jus à máxima do escritor “Alcança quem não cansa”, pretende-se que esta data seja uma homenagem das suas gentes ao legado que nos confiou.

 

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